segunda-feira, outubro 23, 2006

DR. GERALDO VAI DE TÁXI; A MADAME LU PREFERE UM JATINHO

O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB-PFL) gosta de ''fazer as contas'', como mostra o seu programa no rádio e na TV; principalmente quando o assunto é avião. O site www.vermelho.org.br mostra alguns números sobre o jatinho executivo, modelo Cessna Citation V, fretado ao custo aproximado de R$ 350 mil para sua esposa, Lu Alckmin, fazer campanha para ele durante oito dias. Não é um Aerolula. Mas é o Aerolu de Lu Alckmin.

A pista sobre o Aerolu foi levantada na noite de sexta-feira (20), quando o Cessna, fabricado nos EUA, pousou no Aeroporto Internacional de Rio Branco. O inusitado do reluzente jatinho e sua ilustre passageira, na modesta pista de pouso da capital acreana, mexeu com os brios do colunista do Vermelho e deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB).

Munido de uma foto para documentar o flagrante, Moisés disparou para o portal do galo: ''Voando a 789 km/h, o jatinho de dona Lu é bem mais rápido do que o táxi de seu marido'', numa alusão ao franciscano hábito de Geraldo Alckmin, que vestiu ''as sandálias da humildade'' e faz campanha de táxi.


QUANTO CUSTA OS PASSEIOS DA MADAME?

Uma viagem São Paulo-Rio Branco-São Paulo em um Cessna Citation V leva 8 horas e quarenta e seis minutos de vôo e, com pernoite, custa R$ 93.220, segundo a Tam Jatos Executivos, que representa a Cessna no Brasil e fornece esse serviço. O preço é cobrado por quilômetro de vôo, mais o pernoite do avião, do comandante e do copiloto.
Lu Alckmin, porém, não vinha de São Paulo quando pousou em Rio Branco. A candidata a primeira dama está desde terça-feira passada, e até terça 24, percorrendo nestes oito dias dez estados do Norte e Nordeste, em campanha solo.
Ela dividiu tarefas com o esposo, Geraldo, como é chamado por Lu, e agora por sua campanha eleitoral (os marqueteiros concluiram que Alckmin não tem a mesma empatia). Ele tem percorrido o sul: neste fim de semana, passou por Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo, no esforço para estancar uma evasão de votos que ameaça sua supremacia. Ela, coitada, ficou com a pedreira: percorre as capitais dos estados mais distantes, quentes, pobres, e, o que é pior, mais lulistas.


O ACOMPANHANTE DE MADAME: DEPUTADO DE RONDÔNIA É ACUSADO DE BOTAR A DOMÉSTICA DO IRMÃO COMO FANTASMA EM SEU GABINETE
Na terça ela estava no Recife; caminhou pelas ruas do centro.Quarta voou para Teresina, onde caminhou pelo centro e pelo bairro Poty Velho, debaixo de 38 graus à sombra; mas ainda deu esticadas às cidades de Parnaíba e Cocal.
Quinta foi a vez da Paraíba, Campina Grande e João Pessoa; mesmo esquema.Sexta, desembarcou em Porto Velho, acompanhada do deputado federal Hamilton Casara (PSDB-RO), que pegou carona no jatinho. Casara foi canidato a vice-governador na chapa de Amir Lando (PMDB), quarto colocado nas urnas, com um fiasco de votos (cerca de 6%).

Vale aqui um parêntese sobre o acompanhante de Lu Alckmin: Casara e parentes seus foram denunciados pelo Ministério Público Federal, numa ação civil por improbidade administrativa. A ação acusa-o de ter contratado, como secretária parlamentar em Brasília, recebendo da Câmara dos Deputados, uma empregada doméstica que trabalha na casa de seu irmão Astrobaldo Casara (que obteve pouco mais de 2 mil votos para deputado federal), em Porto Velho. A moça nem sabia que fora contratada e, naturalmente, não viu um centavo do salário.
O MP pede a perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamento de multa, proibição de contratar com o Poder Público e dele receber benefícios fiscais ou creditícios, ressarcimento de danos experimentados pelo erário e ainda perda dos valores acrescidos ilicitamente ao patrimônio dos réus. Casara contesta que “as acusações são levianas e foram feitas por coordenadores da campanha do PT no Estado”.

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