http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/12/29/ult34u171352.jhtm
domingo, dezembro 31, 2006
RETROSPECTIVA: QUEM MORREU
http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/12/29/ult34u171352.jhtm
AS ABOBRINHAS DE 2006
Eis aqui um apanhado das frases, textos e declarações mais insólitas do ano que termina. E, aos vencedores, as batatas.
O prêmio “Trocando seis por meia-dúzia” vai para o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, ao ser questionado como funcionava o caixa-dois do mensalão:
- Não sei. Nunca participei de caixa-dois. O PT usou recursos não contabilizados.
- Sobre essa entrevista, eu não sei mais onde está a verdade. Não sei o que é verdade no que falei. Não sei mais de onde tirei isso.
- Meu projeto é para quem não vota. Só estou lá embaixo porque criança não vota. Se votassem garanto que estaria lá na frente.
- Foi uma vitória de nossa identidade, onde lombardos, calabreses e napolitanos venceram uma seleção que sacrificou sua própria identidade ao escalar negros, muçulmanos e comunistas.
- Política não existe sem mãos sujas. Não dá para fazer sem botar a mão na merda.
- Disseram que eu dormia com o cara. Não durmo com homem rico e ordinário. Eu vomito em cima.
Depois, Heloísa recebeu o troco de Luiz Estevão:
- Se ela teve alguma ânsia de vômito comigo, ela engoliu.
A candidata do PPS ao governo do Rio, Denise Frossard, é a vencedora do prêmio “Instintos mais primitivos” pela declaração que segue, sobre Heloisa Helena – Frô, para os íntimos.
- A Frô anda de baby-doll no meu coração. Adoro ela! Adoro ela!
Deputado federal eleito com quase 500 mil votos, o ex-costureiro Clodovil ganha o prêmio “Animal Planet” pela comparação feita ao visitar o Congresso, onde prometeu uma “política do afeto”.
- Sou que nem cachorro. É só passar a mão que eu abano o rabo.
- Se os compromissos com o Ceará realmente estiverem acima de qualquer outra questão, eu tenho que pensar sobre isso seriamente. Isso vai necessitar que haja uma conversa prévia, antes. Tanto com o Ciro quanto com o futuro candidato do PSDB.
A categoria “Top Model” é arrebatada pelo ex-governador Paulo Maluf, o deputado federal mais votado em São Paulo que, a despeito de responder aos mais variados processos por conta de sua atividade pública, afirmou que vai trabalhar para melhorar a imagem do Congresso.
- Eu vim dar minha experiência e pretendo ser um deputado exemplar.
Paulo Maluf, aliás, obteve a honra de ser premiado duas vezes. Réu em processos criminais por lavagem de dinheiro, evasão de divisas, formação de quadrilha e improbidade administrativa, o ex-governador leva na categoria “Vítima inocente”.
FELIZ 2007
O DIA DE HOJE
Geisel visto pelo chargista
ILEGALIDADE
sábado, dezembro 30, 2006
CAPITALISMO SELVAGEM
As áreas indígenas dos Uru-eu-wau-wau e Amondawa, em Rondônia, estão ameaçadas pela grilagem. Revoltados, os índios ameaçam fazer justiça com as provas mãos. A situação é tensa, diz o cacique Puruá Uru-eu-wau-wau.
sexta-feira, dezembro 22, 2006
RONDÔNIA FAZ 25 ANOS SEM NENHUMA COMEMORAÇÃO
domingo, dezembro 17, 2006
HÁ 17 ANOS COLLOR ERA ELEITO PRESIDENTE
2º turno da 1ª eleição para presidente em 29 anos: Collor, 35 milhões de votos (42,7%); Lula, 31,1 milhões (37,9%). A esquerda afirmava-se como alternativa no Brasil. Chegaria à Presidência 13 anos.
DATAFOLHA
Lula, que venceu a eleição com mais de 20 milhões de votos de diferença em relação ao ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) após uma campanha dominada por denúncias contra seu governo, é apontado espontaneamente por 35% dos entrevistados como o melhor mandatário que o Brasil já teve.
O percentual equivale a praticamente o dobro da preferência obtida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no final de 2002 (18%).
sábado, dezembro 16, 2006
2007: CENTENÁRIO DE NIEMEYER
Oscar Ribeiro de Almeida de Niemeyer Soares é considerado um dos nomes mais influentes na Arquitetura Moderna internacional. Foi pioneiro na exploração das possibilidades construtivas e plásticas do concreto armado.
Saiba tudo sobre o mestre através do link:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Niemeyer
COMUNISTA
A posição esquerdista de Niemeyer lhe custará caro nos anos de uma ditadura militar do Brasil ligada com a política de direita norte-americana. A revista do qual é diretor, Módulo, tem a sede destruída, seus projetos começam a ser misteriosamente recusados e clientes a desaparecer.
Em 1965, duzentos professores, entre eles Niemeyer, pedem demissão da Universidade de Brasília, em protesto contra a política universitária. No mesmo ano viaja para França, para uma exposição sobre sua obra no Museu do Louvre.
No ano seguinte, impedido de trabalhar no Brasil, muda-se para Paris. Começa aí uma nova fase de sua vida e obra. Abre um escritório nos Champs-Élysées, e tem clientes em diversos países, em especial na Argélia, onde desenha a Universidade de Constantine e, em 1970, a mesquita de Argel. Na França, cria a sede do Partido Comunista Francês, e na Itália a da Editora Mondadori.
Com atraso (falha nossa!) registramos o falecimento do grande músico, compositor e cantor Severino Dias de Oliveira, o Sivuca. Um artista valioso, reconhecido internacionalmente e que sempre esteve entre os meus preferidos.
Sua iniciação musical se deu na infância, tocando em feiras e festas populares já aos nove anos de idade. Mudou-se para Recife aos quinze anos de idade, onde adotou seu nome artístico.
Seu primeiro LP, em 1950, em parceira com Humberto Teixeira, continha o seu primeiro grande sucesso, "Adeus, Maria Fulô" (que foi regravado numa versão psicodélica pelos Mutantes, nos anos 60).
A partir de 1955, foi morar no Rio de Janeiro. Após apresentações na Europa como arcodeonista dum grupo chamado Os Brasileiros, chegou a morar em Lisboa e Paris.
Morou em Nova Iorque de 1964 a 1976, onde entre outros trabalhos, foi autor do arranjo do grande sucesso "Pata Pata", de Miriam Makeba, com quem então excursionou pelo mundo até o fim da década de 60.
Em 14 dezembro de 2006, Sivuca morre, depois de dois dias internado para tratamento de um câncer, que já o acometia desde 2004.
Discografia
"Motivo para Dançar" (1956) "Motivo para Dançar Nº 2" - Sivuca e Seu Conjunto (1957) "Rendez-vous a Rio" (1965) "Golden Bossa Nova Guitar" (1968) "Sivuca" (1968) "Putte Wickman & Sivuca" (1969) "Sivuca" (1969) "Joy - Trilha Sonora do Musical" - Oscar Brown Jr. / Jean Pace / Sivuca (1970) "Sivuca" (1972) "Live at the Village Gate" (1973) "Sivuca e Rosinha de Valença Ao Vivo" (1977) "Sivuca" (1978) "Forró e Frevo" (1980) "Cabelo de Milho" (1980) "Forró e Frevo Vol. 2" (1982) "Vou Vida Afora" (1982) "Onça Caetana" (1983) "Forró e Frevo Vol. 3" (1983) "Forró e Frevo Vol. 4" (1984) "Sivuca & Chiquinho Do Acordeon" (1984) "Som Brasil" (1985) "Chiko's Bar" - Toots Thielemans & Sivuca (1986) "Rendez-Vous in Rio" Sivuca / Toots Thielemans / Silvia (1986) "Sanfona e Realejo" (1987) "Let's Vamos" - Sivuca & Guitars Unlimited (1987) "Um Pé No Asfalto, Um Pé Na Buraqueira" (1990) "Pau Doido" (1993) "Enfim Solo" (1997)
sexta-feira, dezembro 15, 2006
HÁ 16 ANOS...
Emocionado, Lula diz que não precisa se comparar com ninguém no 2º mandato
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Auguto Pinochet
Morreu um homem livre.
Por Pedro Doria, do site No Mínimo
A Justiça do Chile anunciou a suspensão de sua prisão domiciliar no último dia 4. Para os parentes de suas vítimas o que resta é o vazio. O homem morreu livre, sem ter sido condenado por seus inúmeros crimes. Para o resto do mundo, Pinochet persistirá como o principal ícone das ditaduras de direita latino-americanas. Dos militares que tomaram o poder sul-americano entre os anos 60 e 70, ele foi o que mais tempo permaneceu na presidência, entre 1973 e 90.
É uma imagem singular, as suas no poder: o estereótipo de um ditador mau – Pinochet era um homem mau – os enormes óculos escuros, o rosto sempre amarrado, a farda militar. Mais de 3.000 pessoas morreram por conta de suas ordens.
Seus crimes começaram em 1973 com o que ficou conhecido com a Caravana da Morte. Nos meses seguintes ao Golpe que derrubou a democracia republicana do Chile, por ordens de Pinochet, 74 pessoas que se opunham à ditadura foram presas e, provavelmente, executadas. Estão na lista de desaparecidos. Ponha-se na conta de Pinochet, também, o assassinato num atentado a bomba em Buenos Aires do general Carlos Prats, que o antecedeu na chefia das Forças Armadas. Augusto Pinochet, durante os anos 70, foi um dos principais articuladores da Operação Condor, que reuniu seis ditaduras no esforço de localização, tortura e execução de opositores. A operação Colombo custou a vida de 119 oposicionistas.
Na lista dos vários processos que são movidos contra Pinochet no Chile e na Europa figuram 3.197 casos de assassinato.
O governo Pinochet, como todas as outras ditaduras militares do continente, foi também corrupto. Em contas bancárias localizadas em nome do ditador há pelo menos 27 milhões de dólares. Morreu livre e rico.
Teve aliados que o protegeram até o fim, entre eles o ex-secretário de Estado norte-americano Henry Kissinger, o ex-presidente dos EUA George H. Bush e a ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher.
Mas nem tudo é ruim na história trágica de Augusto Pinochet. Quando um juiz espanhol ordenou sua prisão, em 1988, ele foi preso – algo inédito no direito internacional. A Justiça espanhola pode fazê-lo por conta dos pouco mais de noventa espanhóis torturados durante a ditadura e a batalha legal o manteve trancado numa casa alugada por 16 meses.
Nunca antes um ditador havia sido preso fora de seu país, sem pedido formal do governo de seu país, por crimes contra a humanidade. É um precedente jurídico que faz bem ao mundo.
Fonte: No Mínimo (www.nominimo.com.br)
quinta-feira, dezembro 07, 2006
Cláusula de Barreira é inconstitucional; STF vota pelo pluripartidarismo.
O ministro Marco Aurélio, relator da matéria
A decisão foi definida por volta das 18 horas, nesta quinta-feira (7), quando votou o sexto ministro, garantindo a vitória. Houve unanimidade dos 11 membros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgue favorável a Ação de Inconstitucionalidade (ADIN) contra a cláusula de barreira impetrada pelo PCdoB.
O relator da Ação, ministro Marco Aurélio Melo, contrariando a tradição, como ele mesmo fez questão de destacar, apresentou um longo parecer, que consumiu quase uma hora e meia de leitura, onde fez elogios ao pluripartidarismo. Ele, que foi acompanhado por todos os demais ministros, no voto e no discurso, disse que a cláusula de barreira “penaliza partidos ideológicos e estimula os partidos de aluguel.
No parecer, o ministro aceitou todos os argumentos que foram apresentados na ação. Segundo Lécio Morais, da Liderança do PCdoB, na prática, a decisão do STF significa que “enquanto não houver nova lei que estabeleça novas regras, vigora a regra que vigiu até 2002, de acordo com o que estabelece a Lei Orgânica dos Partidos Políticos – de 1995 -, que define como critérios 1% dos votos totais nas eleições para Câmara dos Deputados e cinco deputados em cinco diferentes estados.
Com isso, os partidos terão direito ao Fundo Partidário e Tempo de Rádio e TV. Para ter direito ao Funcionamento Parlamentar, o partido tem que ter representação parlamentar de três deputados em três estados.
Os ministros do Supremo destacaram como argumentos para justificar seus votos, além da defesa do pluripartidarismo, a criação de “dualidade imprópria” na divisão entre parlamentares com direito a funcionamento e outros, não. Também aceitaram o argumento de que a exclusão dos partidos ao Fundo Partidário, “deixarão os partidos à mingua”.
Não mata, mas deixa morrer
Durante votação, os ministros disseram que a cláusula de barreira representa que “não mata, mas deixa morrer”. Além dos discursos políticos, em defesa da liberdade e da democracia, o ministro Marco Aurélio citou a Constituição Federal, fazendo referência clara ao pluripartidarismo. “O que se diz respeito na Constituição Federal diz respeito a todo e qualquer partido”, afirmou Marco Aurélio, destacando a ênfase que é dado na Constituição às minorias.
A ministra Carmem Lúcia lembrou inclusive que “as minorias de hoje podem ser as maioria de amanhã”, para explicar o seu voto contrário à cláusula de barreira. Ela como os demais ministros, destacaram a medida da cláusula de barreira como “ditadura da maioria, uma regra totalitária, que garante a vida soberba de uns e a morte humilhante de outros”.
Elogio à defesa
Para a minista Carmem Lúcia, a defesa dos advogados dos autores da Ação – Paulo Magalhães, do PCdoB, e José Francisco, do PSB, ajudou no esclarecimento dos fatos e ajudou na decisão dos juizes.
Paulo Magalhães enumerou todos os argumentos que basearam a ação, encerrando sua palavras, de maneira emocionada pedindo o restabelecimento da Justiça.
De Brasília
Márcia Xavier
Fonte: www.vermelho.org