sexta-feira, outubro 20, 2006

Não é nova, é velha direita mesmo

Geraldo Alckmin tem jeito e cara de picolé de chuchu, expressão bem-humorada criada pelo jornalista José Simão, da Folha de S.Paulo, para seu estilo insosso. Mas não é um candidato com gosto de nada, como pode até ser interessante para ele se apresentar. Como um político que só se preocupa em “administrar bem” e “cuidar das pessoas”, que não tem viés ideológico.
Ao contrário, o candidato a presidente pelo PSDB é um representante da direita mais arcaica do ponto de vista moral, mais neoliberal no viés econômico e mais truculenta na ação política. A história política do candidato que governa como Alckmin e disputa eleições como Geraldo é a prova cabal do seu direitismo clássico.
Alckmin não pode ser entendido como fenômeno de uma nova direita, que mantém sua opção econômica liberal, mas com valores mais progressistas em relação a questões morais, por exemplo. Entre outras coisas, sua já conhecida relação com o Opus Dei destrói tal possibilidade. Nesse campo, um governo Alckmin seria muito mais à direita, por exemplo, do que o realizado pelo seu antecessor tucano, Fernando Henrique Cardoso.
Quando Alckmin disputava com José Serra a indicação à candidatura a presidente pelo PSDB, a revista Época, das organizações Globo, revelou em reportagem que ele mantinha encontros semanais com o articulista de O Estado de S.Paulo, Carlos Alberto Di Franco, ocasiões em que recebia orientações espirituais. Di Franco é um dos numerários mais influentes da Obra. Desses encontros, realizados quinzenalmente no Palácio dos Bandeirantes e confirmados pelo próprio Di Franco à Época, participavam aproximadamente 30 pessoas.
TEXTO COMPLETO DE RENATO ROVAI:

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