
Disputei as eleições deste ano. Fui candidato a vice-governador de Rondônia. Sou filiado ao PCdoB desde 2003. A minireforma política está aí: a distribuição de brindes e a realização de showmícios, por exemplo, mudaram, aparentemente, as campanhas. Mas o poder econômico continua se sobrepondo às propostas. Dentre os eleitos, a maioria esmagadora se utilizou do artifício da compra de votos. Gente notadamente corrupta esteve entre os vencedores. E os vencidos quem são? Eu não fui vencido! O povo, sim.
A compra de votos não existe apenas no sentido literal, mas através de favores como a manutenção da fábrica de portarias, o toma-lá-dá-cá das licitações públicas, etc etc. E os favorecidos por tais práticas viciadas da política deram corpo às campanhas dos que se dizem representantes do povo, mas na verdade são representantes de seus próprios interesses.
Na campanha, ouvi muita coisa. A classe trabalhadora -em boa parte- é adepta do "jeitinho brasileiro" e até admira quem "se dá bem", mesmo roubando-a. E resume tal pensamento em uma frase: "Fulano rouba mas faz".
Existe uma tendência de se admirar o bem-sucedido mesmo que o seja à custa do canalhismo e da bandalheira. O nosso famélico povo, não aqui generalizando, gosta de reis e príncipes. E também de coronéis. É interessante oo que contou-me o meu amigo Daniel Westin:
É engraçado mesmo, lembrei de uma historia do Lula fazendo campanha em 89; ele estava no sertão nordestino e umas senhoras maltrapilhas, magérrimas e sujas vieram bater nele com uma sombrinha o chamando de comunista!Engraçado, não? As pessoas estão parecendo papagaios, não têm a mínima capacidade de processar o q lhes é dito, ponderar questões básicas como saúde, educação, trabalho, comida... enfim, só dizem: "ele não sabia d nada, né?". Estou farto dessa demagogia "POR UM BRASIL DECENTE"!!
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