terça-feira, outubro 31, 2006

VILHENA: GRUPOS POLÍTICOS MOSTRAM A CARA

CARREATA em Vilhena: A vitória foi do povo contra gente
poderosa e endinheirada do município

Membros de vários partidos, a exemplo do PT, PCdoB, PDT, PSB e até o PSol, começam a discutir a sucessão em Vilhena e podem estar aliados na eleição para prefeito e vereadores, daqui a dois anos.

As eleições presidenciais em Vilhena deixaram à mostra, de forma muito clara, os três grupos políticos existentes na cidade. Um deles em cima do muro, sem diretriz, e personalista, guiado pelos Donadon. O outro, declarademente alckmista, comandado por políticos antigos e seguidores de Cassol. E o terceiro, popular, no palanque de Lula.
O grupo comandado pelos Donadon --que na verdade só se dedicam à campanha de si mesmos-- votou dividido, mas com predominância em Alckmin. O curioso foi que ex-prefeito Melki Donadon (PMDB) sempre disse que foi no Governo Lula que Vilhena mais recebeu benefícios da União. A bem da verdade, a maioria das obras realizadas na cidade. Ainda assim, preferiu Alckmin, apoiado por políticos em fim de carreira, como o decano senador Amir Lando (PMDB) que, infelizmente, foi ministro da Previdência de Lula.
O segundo grupo é do governador Ivo Cassol, que praticamente exigiu lealdade canina de todos os seus comissionados, que trabalharam feito doidos, inclusive no dia da eleição, para Alckmin. Além destes, os outros cabos-eleitorais do tucano em Vilhena foram os latifundiários e fazendeiros com mentalidade à la UDR que chegaram a exibir em seus carrões de luxo adesivos mostrando que Lula tem apenas quatro dedos. Criticaram e atacaram de maneira feroz o presidente Lula, chamando-o o tempo todo de analfabeto. Pura incoerência. Afinal, qual a formação do chefe deles, Ivo Cassol?
Por último, o tercero grupo, trabalhando pela reeleição de Lula. Neste bojo estiveram lideranças emergentes e respeitáveis. Com poucos recursos, moradores em periferia, mas com disposição enorme. Os líderes populares conseguiram mudar o quadro em relação ao primeiro turno. Lula havia obtido 38,86 dos votos dos vilhenenses; no segundo turno saltou para 50,29%.
Alckmin e seu palanque cheio de gente rica e poderosa, políticos tradicionais e autoritários, caiu cerca de 5% em 28 dias de campanha. Lula avançou quase 12%.

Com este resultado e o empenho concentrado da militância -coisa que os tucanos nunca terão- o que se espera é que seja reeditada uma coligação com os partidos que estiveram com Lula na cidade para enfrentar os políticos conservadores e adesistas que apostaram na vitória de Alckmin.

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