sexta-feira, novembro 03, 2006

GOVERNO DO PARANÁ DIVULGA CARTA COM CRÍTICAS À IMPRENSA

Faixa exposta por militantes no dia da vitória de Lula: Vale também para o Paraná

O governo do Paraná divulgou uma carta à imprensa do estado, criticando-a fortemente por seu comportamento ao longo do processo eleitoral deste ano. Junto com o texto, foi anexado um relatório, no qual fica exposta toda a parcialidade da mídia paranaense, amplamente favorável à candidatura de Osmar Dias.
“Há uma distância muito grande entre liberdade de imprensa e a opinião dos patrões. No balanço em anexo isso fica muito claro”, diz o texto.

Segundo a carta, nunca se viu uma cobertura de eleição no Paraná tão tendenciosa como a que aconteceu na campanha política de 2006. Da mesma forma, nunca se viu tanta parcialidade em uma cobertura.
O relatório que segue dá a exata medida de como se comportou a imprensa no 1º e no 2º turnos. Os números são claros, inquestionáveis, definitivos. Contra eles não há argumentos.
Mais uma vez, o Sindicato dos Jornalistas do Paraná reage de forma equivocada, confirmando o triste papel que vem desempenhando nestes últimos anos. Não é a liberdade de imprensa que o Sindicato defende, é a liberdade das empresas de manifestarem suas opiniões, tendências, e preferências.
A reação do governador à cobertura facciosa das eleições é legítima. Ele reage a uma agressão continuada das empresas de comunicação. Em nenhum momento ele se voltou contra o jornalista – o profissional individualmente. Insurgiu-se contra os veículos. É lastimável que alguns jornalistas tenham assumido de forma tão veemente a defesa da empresa e não da imprensa.
Regras mínimas, óbvias como ouvir o outro lado, foram simplesmente esquecidas em favor da militância contra a candidatura de Roberto Requião.
O caso da atribuição ao governador de propriedades no exterior, que todos sabem mentiroso e repelente, foi noticiado como fato inquestionável, tão certo quanto o sol, o dia ou a noite, não dando a Requião a possibilidade de restabelecer a verdade.
Os 21 anos de ditadura militar nos ensinaram uma lição muito dura que alguns jornalistas ainda se recusam a assimilar. Naquele período, a liberdade de imprensa foi sufocada, mas as empresas que apoiavam o regime preferiram se submeter à censura, sendo coniventes com a tortura, o extermínio e a repressão. Livres, desimpedidas, engordadas pelas verbas oficiais e beneficiadas pelas concessões de canais de televisão, elas cresceram, expandiram-se, triturando a liberdade de informação. As mesmas empresas que hoje vêm reivindicar um passado que nunca tiveram, posições a que nunca foram fiéis, predicados e postulados absolutamente estranhos à sua história.
Quanto cinismo, quanta hipocrisia, quanta mentira. E alguns jornalistas, talvez desinformados, ainda saem em defesa dessa gente.
O relatório que segue é um estudo inicial que está sendo feito sobre o comportamento da imprensa paranaense nas eleições, de 1990 aos dias de hoje. Esperamos estar contribuindo para a defesa, de forma verdadeira e autêntica, da liberdade de imprensa.
Por fim, já que alguns veículos e jornalistas reagiram de forma tão valente à entrevista do governador, para o bem da liberdade de imprensa, para o bem da informação, gostaríamos de ver este relatório publicado.

Assessoria de Imprensa do Governo do Paraná.Curitiba, 31 de outubro de 2006
Para ler o relatório “A Imprensa do Paraná e a eleição”, clique em:

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